Projeto de preservação de três árvores nativas da Mata Atlântica entra na reta final

Projeto de preservação de três árvores nativas da Mata Atlântica entra na reta final

As 2.500 mudas  de espécies ameaçadas de extinção puderam ser plantadas, com um clima mais favorável. Agora, equipes técnicas acompanham desenvolvimento

Por Tânia Rabello

A estiagem acabou, a chuva chegou em abundância e finalmente um importante projeto de preservação de três espécies de árvores nativas da Mata Atlântica ameaçadas de extinção pôde ser concluído. O projeto é financiado pela Franklinia Fondation e gerido pelo Jardim Botânico Araribá (JBA), de Amparo (SP), além da Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo (Frepesp).

Em novembro, com um período de águas mais bem estabelecido, um total de 2.500 mudas de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra), cedro-do-brejo (Cedrela odorata) e jequitibá-rosa (Cariniana legalis) foi plantado em seis reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs) condizentes com o bioma nas quais essas espécies se desenvolvem, a floresta estacional semidecídua, na Mata Atlântica.

As seguintes unidades de conservação receberam as mudas entre novembro e dezembro: RPPN Carlos Botelho (Jaú,SP); RPPN Estância Jatobá (Holambra, SP); RPPN Duas Cachoeiras (Amparo, SP); RPPN Fazenda Serrinha (Bragança Paulista, SP); RPPN Porto do Ifé (Colômbia, SP), e RPPN Renópolis (Santo Antônio do Pinhal, SP).

Ao todo, porém, conforme o educador ambiental Guaraci Diniz e diretor do JBA, 2.600 mudas dessas espécies foram plantadas em 187 hectares naquelas áreas de conservação. Elas estavam sendo preparadas desde 2020 e serão acompanhadas por mais dois anos, além integrarem um estudo sobre as condições de desenvolvimento de cada espécie, a partir de 2019.

As mudas foram formadas pelos viveiros parceiros do projeto:  Ambiental Mudas, de Araraquara, Viveiro Oiti, de Holambra, e o Jardim Botânico de Jundiaí, todos de São Paulo.

“No fim do ano foi interessante porque, finalmente, com a diminuição da intensidade da pandemia, pudemos ter a participação de escolas no projeto, com o envolvimento de cerca de 200 alunos da região dos municípios onde estão localizadas todas as RPPNs. Eles contribuíram com o plantio de mudas, numa iniciativa de educação ambiental e de conscientização da comunidade sobre a importância de se preservarem as árvores”, diz Guaraci.

Em Amparo, o Jardim Botânico Araribá também levou até as escolas da região neste mês de dezembro um programa de atividades que integravam arte e natureza. Foram realizadas apresentações para cerca de 400 alunos da rede pública de ensino, de música e dança, juntamente com palestras sobre a importância de conservação de espécies de árvores ameaçadas de extinção. “Agora, as mudas seguem sendo monitoradas pelas equipes da Frepesp e do JBA para que se desenvolvam plenamente.”

 

 

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