Agrofloresta

Agrofloresta

“…Aprofunda-te na matéria! Abre os teus sensos! Tentas perceber as formas dadas pela própria natureza! E tu chegarás A criar laços mais íntimos com ela. Isto acarretará mais sensibilidade nos tratos, nas relações com nossos irmãos (seres vivos) no campo e na floresta, bem como nas relações entre os seres humanos. Assim, a agricultura voltará a ser o que ela era, pelo sentido da palavra: cultura. Uma tentativa culta de conseguir  o necessário daquilo que precisamos para nos alimentarmos, além das outras matérias primas essenciais para nossa vida, sem a necessidade de diminuir e empobrecer a vida no lugar, na terra. Isto implica em considerarmos um gasto mínimo de energia, onde não cabem maquinária pesada, agrotóxicos, fertilizantes químicos e outros adubos, trazidos de fora do sistema.

A agricultura, dessa forma, passa a ser uma  tentativa de harmonizar as atividades da agricultura com processos naturais de vida, existentes em cada lugar que atuamos. Para conseguirmos isto, é preciso que haja em nós nós mesmos uma mudança fundamental, uma mudança da nossa compreensão da vida.

O nosso pensamento na civilização moderna ocidental é baseado nos princípios da física newtoniana. Eles tentam explicar, numa forma rudimentar simples de entender, os processos físicos do movimento, da gravidade, da combustão, etc. . Esta teoria permitiu que se elaborasse um desenho bastante lógico do mundo. E assim, como vem se realizando este sonho de dominar o mundo, estamos compulsoriamente a descartar tudo o que não cabe dentro da nossa lógica, obtendo como resultado um agravamento cada vez maior dos problemas ecológicos e sócio-econômicos.

No entanto, parece que o pensamento técnomorfo não dá certo. A vida não funciona nos princípios da física newtoniana, do complexo para o simples, na entropia. Os princípios em que a vida se baseia são processos que levam do simples para o complexo, onde cada uma das milhares de espécies, a humana entre elas, tem uma função dentro de um conceito maior. A vida neste planeta é uma só, é um macro organismo cujo metabolismo gira num balanço energético positivo em processos que vão do simples para o complexo, na sintropia. …”

Ernest Götsch – do livro “Homem e Natureza-cultura na Agricultura”-Centro Sabiá – 1995 

Projeto de implantação de
um sistema em uma antigo pomar- Eng. Agr. André Zanella

agrflt1

Levantamento de SPP florestais (qualitativo) das trilhas das áreas de preservação do Sítio Duas Cachoeiras

Ordem de Apresentação – Nome Popular (Nome científico) – Familia botânica – Sucessão vegetal – Aptidões do ser

  1. AÇOITA-CAVALO (Luehea diavricata) – tiliaceae – S.I. – artefatos de madeira
  2. ALECRIM-DO-CAMPO (Bacharis dracunculifolia) – compositae – pioneira – melífera, medicinal
  3. ANGICO-BRANCO (Anadenanthera colubrina) – leguminosae mimosoedeae – pioneira – obras externas, lenha e carvão, melífera
  4. ARARIBÁ (Centrolobium tomentosum) – leguminosae papilionoideae – S.I. – madeira extremamente resistente
  5. ARUEIRA-PIMENTEIRA (Schinus terebinthifolious) – anacardiaceae – Pioneira – moirões, lenha e carvão, melífera, frutos p/ avifauna, ornamental
  6. ASSA-PEIXE (Vermonia polianthes) -compositae – Pioneira – melífera, medicinal
  7. BICO-DE-PATO (Machaerium nyctitans) – leguminosae papilionoideae – pioneira – cabos de ferramentas, melífera
  8. CABREÚVA (Myroxylon peruiferum) – leguminosae papilionoideae – S.I. – óleo (perfume), moveis de luxo, tacos
  9. CANDEIA (Gochnatia polymorpha) – compositae – pioneira – obras expostas e cabos de ferramentas
  10. CAPIXINGUI (Croton floribundus) – euphorbiaceae – pioneira – melífera, artefatos leves
  11. CATERETÊ (Machaerium paraguariense) – leguminosae papilionoideae – pioneira – peças curvadas e torneadas, ornamental
  12. CEDRO-ROSA (Cedreca fissilis) – meliaceae – pioneira – marcenaria e carpintaria
  13. EMBAÚBA (Cecropia pachystachya) – cecropiaceae – pioneira – ornamental, frutos p/ avifauna, artefatos leves, medicinal
  14. EMBÍRA-DE-SAPO (Lonchocarpos muehlbergianus) – leguminosae papilionoideae – pioneira – ornamental, carpintaria leve
  15. EMBIRUÇÚ (Pseudobombax granddiflorum) – bombacaceae – S. T – caixas e compensados
  16. FIGUEIRA-BRANCA (Ficus guaranitica) – moraceae – S.I. – ornamental, caixaria leve, miolo de porta
  17. GOIABEIRA (Psidium guatava) – myrtaceae – pioneira – frutos comestíveis, cabos de ferramenta
  18. GUAÇATONGA/ PAU-DE-LAGARTO (casearia sp) – flacoorticeae – pioneira – medicinal, frutos p/ avifauna, madeira p/ carpintaria
  19. GUAIÇARA (Luetzelburgia auriculata) – leguminosae pailionoideae – pioneira – ornamental, moveis de luxo
  20. INGÁ-MIRIM (Inga uruguensis) – leguminosae mimosoideae – pioneira – melífera, frutos p/ avifauna, artefatos leves
  21. IPÊ-AMARELO (Tabebuia sp) – bignoniaceae – pioneira – obras externas, ornamental
  22. IPÊ-BRANCO (Tabebuia roseo-alba) – bignoniaceae – S. I. – ornamental, acabamentos, internos
  23. JURUBEBA (Solanum sp) – solanaceae – pioneira – medicinal
  24. LIMÃO-BRAVO (Seguieria langsdorffii) – phytolacoaceae – S.I – caixas leves
  25. LOURO-PARDO (Cordia trichotoma) – boraginaceae – pioneira – móveis de luxo
  26. MAMICA-DE-PORCA (Zanthoxilum rhoifolium) – rutaceae – pioneira – cabos de ferramentas, instrumentos agrícolas, melífera
  27. MARINHEIRO (Guarea guidonea) – meliaceae – S.I – carpintaria, frutos p/ avifauna
  28. MUTAMBO (Guazuma ulmifolia) – sterculiaceae – pioneira – carpintaria, carvão, celulose, cordas, frutos para macacos
  29. PAINEIRA -ROSA (Chorisia speciosa) – bombacaceae – S.I  – ornamental, artefatos leves
  30. PATA-DE-VACA (Bauhinia forficata) – leguminosae caesalpinoideae – pioneira – medicinal, ornamental
  31. PAU-DE-ANGÚ (Machaerium aculeatum) – leguminosae papilionoideae – pioneira – artefatos leves
  32. PAU-PÓLVORA (Trema micrantha) – ulmaceae – Pioneira – lenha e carvão
  33. PAU-VIOLA (Cytharexyllum myrianthum) – verbenaceae – pioneira – artefatos leves, melífera, aviafauna
  34. PEROBA-POCA (Aspidosperma cylindrocarpon) – apucynaceae – I S. – madeira para construção
  35. PEROBA-ROSA (Aspidosperma plyneuron) – apolynaceae – clímax – madeira p/ construção
  36. SANGRA-D’ÁGUA (Croton urucurana) – euphorbiaceae – pioneira – melífera, obras externas, .pigmento p/ tingimento
  37. SAPUVA (Machaerium stiptatum) – leguminosae papilionoideae – pioneira – construção civil, ornamental
  38. TAIÚVA (Maclura tinctoria) – moraceae – pioneira – madeira muito resistente, frutos p/ avifauna e medicinal

Árvores nativas

A relação de nomes de árvores e plantas nativas que segue abaixo, foi extraida de um trabalho de levantamento histórico, pesquisa feita por Roberto Pastana Teixeira Lima,  no Departamento de Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Ciências e Letras Plínio Augusto do Amaral – Fundo: Áureo de Almeida Camargo.

O documento principal de onde foram extraídos todas informações, é o REGISTRO PAROQUIAL DO AMPARO – 1856, onde eram registradas as “escrituras” de propriedade de terras, nas quais encontrava-se referencias às arvores e plantas, da relação abaixo, como marcos de divisas dos referidos terrenos.
Colocamos  à disposição aqui , esta informação, que poderá servir de referencia para a caracterização da vegetação nativa da época (mais próxima do seu estado original), permitindo assim selecionar espécies adaptadas à região para um eventual trabalho de recomposição florestal, ou introdução de espécies em um fragmento de formação agroflorestal.

Na tabela abaixo, eventualmente surgiram nomes repetidos; optamos por manter a forma originalmente escrita no documento, dos nomes populares.

Alecrim (páu de)
Ararivá:
Ariribá (páo de):
Aririvá (páu de):
Balcimo (páu de): ,
Balsamo:
Bálsimo (páu de):
Barbado (páo de):
Barsimo:
Bananal:
Bananeira:
Cabiuna (páu de):
Cabreúva: .
Cabriuva:
Cafezal:
Caharana:
Caiarana (páo de):
Cajarana:
Cambui (pau de):.
Candêa (páo de): .
Candeia (páu de):.
Canela (páo de): .
Canharana (páu de):.
Capororoca: .
Caputu (páo de): .
Caputuna (páu de): .
Caraguatá: .
Caraguatal: .
Caraguatáz: .
Carrapicho (páu de): .,
Casca Grossa (páu de): .
Caviuna:.
Caxêta: .,
Cedro: .
Cerne (páu de):
Coqueiro: .
Embirussú (Embiruçu): .
Figueira:.
Fulquilha (Pau de): .
Garocaia (páu de): .
Garocalha (páu de): .
Gequitibá: .
Giquitibá: .
Giquitivá (páu de): .
Gitiquibasinho: .
Gitiquivá: .
Goahissára: .
Goamichinga: .
Gravatá: .
Gravatar: .
Gravathá: .
Gravathar: .
Guagissára: .
Guahyovira (páu de): .
Guanhanam: .
Guanhanoveira (páu de):Guanhichinga (páu de): .
Gualhiçara: .
Gualhissará (páu de): .
Guanhovira: .
Guapecerica (páo de):
Guapererica:
Guaraiúva (páu de):
Guaralhauva (páu de):
Guaralhuva (páu de):
Guarantam:
Guaratá:
Guarehitá:
Guaritá (páo de):
Guarucalha (paó de):
Guatambu Mirim (páo de):
Hôsso (páu de): .
Jaboticaveira (pau de):
Jacaré (páu de):
Jangada braba:
Jatiquibá:
Jequetibá:
Jequitibá:
Joveve (páu de):
Laranjar:
Laranjeira:
Laranjeira Dôce:
Limoeiro:
Maçaranduva:
Macúco (páu de):
Maracanã: .
Marmeleiro: .
Monjolo: .
Paina (páu de): .
Paineira: .
Palmeira:.
Páo apique: .
Páu a pique:.
Páo dáio: .
Páu d’aio: .
Pau d’alho: .
Peroba: .
Peróva: .
Perova Preta: .
Perovinha Verde:.
Pinheiro: .Guaraguaté:Quaraguatá: .
Quiriquipú (páu de): .
Saçafraz: .
Sagragi: .
Saguaragi (páu de): .
Saguaragy: Guarantã:Sananduva (páu de):
Sapouva:
Sapuva (páu de):
Saprivá (páu de):
Saraguagi:
Sedro (páu de):
Sucupira (páu de chicopires)
Taiuva (páu de):
Talhuva:
Tapiá (páu de):
Tapiaguassú:
Taurova (páu de):
Vatinga (páu de):
Vinho (páo de):
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