Escolas públicas participam de projeto de conservação de espécies de árvores nativas ameaçadas de extinção

Escolas públicas participam de projeto de conservação de espécies de árvores nativas ameaçadas de extinção

Projeto do JBA, juntamente com a Frepesp, o BGCI e a Franklinia, pretende conservar e multiplicar importantes exemplares do bioma Mata Atlântica

Por Tânia Rabello

A educação ambiental é um dos pontos altos do projetos da Mata Atlântica que o Jardim Botânico Araribá (JBA) e a o de preservação de árvore Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo (Frepesp) mantêm no interior paulista, com apoio do Botanical Gardens Conservation International (BGCI), do Reino Unido, e financiamento da Franklinia Fondation, da Suíça.

Além, é claro, da conscientização da comunidade do entorno do JBA, no município de Amparo (SP), sobre a importância das matas nativas para o meio ambiente, a saúde e as águas e, por fim, o bem-estar geral da população.

Pois finalmente esta parte tão importante do projeto, que havia ficado “stand by” por causa da pandemia de coronavírus e o obrigatório isolamento  social, pôde ser concretizada, agora em dezembro 2021, com a visita de equipes do Grupo de Ações e Estudos Ambientais (GAEA), gestor do JBA, a escolas públicas de Amparo.

O objetivo foi divulgar e ensinar sobre a iniciativa conjunta de conservação e multiplicação de três espécies de árvores nativas da Mata Atlântica ameaçadas de extinção: o jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra); o cedro-do-brejo (Cedrela odorata) e o jequitibá-rosa (Cariniana legalis) – esta é a espécie vegetal de maior porte encontrada nas matas nativas paulistas, podendo alcançar até 50 metros de altura.

Muito além de uma aula formal, a equipe do GAEA/JBA escolheu a arte como linguagem para transmitir sua mensagem conservacionista. Em novembro, quatro escolas públicas na região de Amparo foram visitadas: Escola Estadual Francisco da Silveira Franco, Escola Estadual Paulo Turolla, Escola Estadual Gisselda Turolla e Escola Estadual Professor Ariosto Ribeiro Persiana.

A equipe artística, composta pelos violonista Caique Neri, pelo saxofonista Danilo Ciolfi e pela bailarina Tábata Cassiani Pedreno, fez, para cerca de 1.200 alunos, apresentações de música e dança integradas com a natureza, a fim de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância de se preservarem as árvores em biomas próximos ameaçadas de extinção. As apresentações ocorreram no formato presencial e online em tempo real, acompanhando o protocolo de rodízio de alunos em função da pandemia.

Os alunos também puderam participar das atividades. Foram selecionados, para isso, três estudantes de cada escola para que eles apresentassem trabalhos de poesia, prosa, desenho, fotografia e vídeo sobre o tema da preservação de árvores nativas. Os trabalhos foram, enfim, apresentados no dia 18 de dezembro. Todos bastante comprometidos com o tema central (veja fotos e video abaixo). E assim caminhamos para o terceiro ano deste projeto tão importante e cada vez mais completo!

Aliás, também temos boas notícias sobre o outro projeto de conservação. Ele está sendo concluído agora e contou com o plantio de 1.600 mudas daquelas três espécies de árvores. Ao todo, 10 áreas de conservação, sobretudo Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), além de áreas de preservação permanente (APPs), receberam as mudas, que estão em pleno desenvolvimento. Segundo o educador ambiental Guaraci Diniz, que está à frente do projeto BGCI/JBA, este já foi concluído. “Mas outros estão surgindo”, comemora.

 

 

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