Dois projetos do Araribá JB ganham bolsas com recursos do BGCI

Dois projetos do Araribá JB ganham bolsas com recursos do BGCI

Um deles servirá para minimizar os impactos da pandemia de covid-19 e o outro trata de troca de sementes entre jardins botânicos brasileiros

Por Tânia Rabello

O mês de novembro tem sido de excelentes notícias para o Jardim Botânico Araribá (JBA). Duas delas são muito importantes para que seja possível prosseguir com o trabalho de conservação florestal no Bioma Mata Atlântica. O Botanic Gardens Conservation International (BGCI), associação que reúne jardins botânicos no mundo, selecionou o Araribá JB para receber duas bolsas, que contribuirão para financiar algumas atividades, tanto cotidianas quanto de projetos em andamento.

Conforme conta o educador ambiental e gestor do JBA, Guaraci Diniz, o BGCI oferece linhas de crédito para financiar bolsas, com os seguintes temas:

  1. Prática de conservação de plantas – ou seja, conservação ex e in situ de espécies raras e ameaçadas;
  2. Política e educação para conservação de plantas;
  3. Desenvolvimento de infraestrutura;
  4. Capacitação para apoio às atividades de conservação de plantas;
  5. Desenvolvimento de parcerias internacionais para o intercâmbio de conhecimentos, habilidades e recursos dentro da comunidade do jardim botânico;
  6. Práticas de sustentabilidade;
  7. Esforços para obter a Acreditação BGCI;
  8. Apoio aos jardins botânicos para minimizar impactos da covid-19.

“A bolsa que o JBA recebeu do BGCI foi justamente esta: a de minimizar impactos da covid”, conta Guaraci, acrescentando que enviou o projeto para concorrer à bolsa com propostas para obter recursos para pagamento de mão de obra para a manutenção das áreas de plantios das mudas novas e as  coleções botânicas já existentes – fruto de outra parceria com o BGCI – e também para a manutenção da infraestrutura e de equipamentos para a compra de material e equipamento de desinfecção e prevenção de covid-19 em todas as instalações.

Já a segunda bolsa conquistada pelo JBA junto ao BGCI diz respeito ao projeto Brazilian Alliance of Botanical Gardens Seed Exchange Network, ou, na tradução em português, “Rede de Troca de Sementes da Aliança Brasileira de Jardins Botânicos”.

Sobre esta bolsa, Guaraci conta que, em 2018, se iniciou um trabalho para reunir jardins botânicos do Brasil, a fim de formar uma rede de trabalho nacional. “O trabalho começou por iniciativa do próprio JBA”, diz o educador ambiental. “Em 2021, conseguimos efetivar este trabalho, formando a ABJB- Aliança Brasileira de Jardins Botânicos, e nos filiamos ao BGCI como rede nacional”, continua. Nesta rede, ABJB, agora filiada ao BGCI, estão os Jardins Botânicos Araribá; Bauru; Inhotim; FAS Amazônia/Poña; Universidade de Joinville-Univille; Universidade Estadual da Paraíba-UEPB e Jardim Botânico do Recife.

Como um passo adiante desta iniciativa, a ABJB enviou um projeto ao BGCI para realizar um sistema de troca de sementes entre os bancos de sementes de cada um dos jardins botânicos envolvidos. “Também fomos selecionados pelo BGCI para a bolsa! ”, comemora Guaraci, lembrando, que no ano passado, um outro projeto foi aceito pelo BGCI,  que é o de conservação de orquídeas da Mata Atlantica.

                     

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