(Eng. Agrônomo André Zanela)
Dentro de um ecossistema, o solo é o elemento que desempenha a importante atividade de sustentar e alimentar os vegetais, além de funcionar como reservatório de água deste ecossistema.
Até algum tempo atrás, a ciência considerava que o solo era constituído unicamente pelos elementos minerais e gasosos. Ou seja, um conjunto formado por partículas como argila, o silte, a areia, as pedras e os nutrientes, alem da água e do ar, que ocupam os espaços vazios, denominados poros. Atualmente já temos o entendimento de que o solo é, também, um sistema vivo, uma vez que contém em si uma imensa quantidade de formas de vida como: vírus, bactérias, fungos, algas, protozoários, nematóides, anelídeos e artrópodes. Isto sem considerar o imenso volume ocupado pelas raízes das plantas. Para ilustrar melhor a poderosa influencia dos seres vivos na formação dos solos, tem-se o exemplo dos cupins, que chegam a elevar uma camada de 4cm de terra acima do solo, em apenas um ano!
Todos estes elementos, minerais e biológicos, encontram-se em profundo entendimento, numa intensa relação de trocas. O desenvolvimento dos organismos vivos, por exemplo, depende da presença dos minerais, água e o ar do solo. De outro lado, a atividade dos organismos vivos promove um aumento da fertilidade do solo. Os organismos produzem a matéria orgânica, ingrediente essencial para a saúde do solo.
A matéria orgânica nada mais é do que o resíduo dos organismos vivos, seja em forma de excrementos (ex. húmus de minhoca) ou dos restos de seus corpos (ex. folhas caídas e insetos mortos).
Um solo com uma quantidade ideal de matéria orgânica faz com que o mesmo fique solto, com mais reserva de água e nutrientes, apresentando uma coloração escura, como um canteiro de horta ou como dentro de uma mata.
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